A dúvida é comum: investir em fundos imobiliários ou Tesouro Direto em tempos de juros
altos?
Essa decisão divide investidores, mas a verdade é que não existe resposta única. O
segredo está no planejamento de longo prazo e no equilíbrio do portfólio.
A seguir, vamos explicar como os juros afetam os fundos imobiliários, quando o Tesouro
Direto pode ser mais atrativo e como combinar os dois investimentos para obter renda e
segurança.
Como os juros impactam os fundos imobiliários?
Os juros altos pressionam os fundos imobiliários, principalmente porque:
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Reduzem a atratividade em relação à renda fixa, que passa a oferecer retornos
maiores com menos risco.
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Afetam o custo de crédito para fundos que dependem de financiamento.
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Diminuem a liquidez, já que investidores preferem aplicações mais seguras.
Apesar disso, historicamente o IFIX (índice dos FIIs) já mostrou recuperação mesmo em
períodos de Selic elevada. Isso acontece porque o mercado antecipa quedas futuras de
juros e ajusta os preços das cotas.
Fundos imobiliários ou Tesouro Direto: qual escolher?
Essa é a grande pergunta. A resposta depende do momento e do seu planejamento:
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Fundos imobiliários: oferecem renda mensal, liquidez e a chance de comprar cotas
baratas em ciclos de alta de juros.
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Tesouro Direto IPCA+ ou Renda+: garante rentabilidade real (inflação + taxa fixa),
previsibilidade e segurança de longo prazo.
Hoje, títulos como o Tesouro IPCA+7% ou Tesouro Renda+ 2060 oferecem taxas
praticamente “imbatíveis”
, difíceis de serem superadas com consistência por qualquer fundo
imobiliário no horizonte de décadas.
Por que planejamento é mais importante que timing
Um erro comum é tratar investimentos como uma coleção aleatória de ativos. O investidor
compra o que aparece e acaba com um “Frankenstein” de carteira.
O ideal é ter um portfólio planejado, com objetivos claros:
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FIIs para gerar renda mensal imediata.
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Tesouro Direto Renda+ para aposentadoria no futuro.
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Renda fixa e ações para equilíbrio e crescimento.
Planejamento é a visão geral; o plano é o detalhamento. E, como lembraram os
especialistas, quanto mais complexo o plano, mais difícil de executar. Menos é mais.
Para você se planejar direito preparei este artigo que explora as possibilidades dos fundos
para 2026, veja visão resumida de um especialista, acesse e se planeje para fazer seus
investimentos com mais segurança.
Leia mais: 👉O que esperar dos fundos imobiliários em 2026? Veja a visão de
um Especialista.
Como equilibrar fundos imobiliários e Tesouro Direto
no portfólio
O segredo não é escolher apenas um, mas sim calibrar os aportes:
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Aproveite os FIIs baratos em tempos de juros altos, acumulando cotas.
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Direcione parte dos aportes para o Tesouro Renda+
, que garante renda futura com
baixo risco.
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Ajuste a proporção de acordo com o cenário, sem abandonar nenhuma das duas
classes.
Assim, você cria um portfólio sólido, com renda agora (FIIs) e segurança no futuro
(Tesouro Direto).
No final!
Entre fundos imobiliários ou Tesouro Direto, a melhor resposta é: os dois.
O investidor inteligente não troca tudo de um pelo outro a cada mudança de Selic. Ele
mantém o portfólio planejado e aproveita oportunidades do momento para reforçar posições
estratégicas.
Com os juros altos, o Tesouro Direto oferece taxas únicas. Já os FIIs, mesmo pressionados,
continuam sendo fonte de renda mensal e podem gerar ganhos expressivos quando os
juros caírem.
O equilíbrio entre essas duas classes é o que garante consistência no longo prazo.